Nosso corpo e meus devaneios

Se tem um tema que tem batido muito esses últimos meses é sobre o nosso corpo. Mais exatamente a quem de fato ele pertence.
Digo isso pois o tema tem se estendido desde uma conversa sobre gravidez ativa, pêlos, marcas de cesárea, slushaming, beleza, um documentário sobre a felicidade (“Eu maior”), a violência obstétrica, o nu até a volta do meu projeto “Musas de Si” (que para quem não conhece, fala sobre a ideia de ter como padrão de beleza nós mesmas, para sermos nossas próprias musas inspiradoras. Aqui um link falando mais: https://agrandegaia.wordpress.com/2011/05/25/musas-de-si/ ).

A quem, afinal, pertence o nosso corpo? Martela, martela e martela minha cabeça. Naquela sensação que diz : – Vai logo, faz alguma coisa!
Martela pela dor que vejo transpirando das pessoas. Martela a distorção de valores por coisas simples. Martela por ver mulheres se suicidando por ter mostrado sua sexualidade. Martela a beleza escondida por dietas, roupas e ilusões. Martela a sensação de paralisia, impotencia e silêncio por uma cesárea forçada. Martela a hiper sexualização das crianças. Martela o fato de eu ser um ser desperto, de entender que se sinto e posso fazer algo para ajudar e mudar essa realidade, pois então eu devo fazer. Não por mim. Não por um ideal. Mas por fazer parte. Por empatia em seu mais puro sentido. Eu também sou você que sofre.Image

Algo está sendo gerado aqui, e o nosso corpo será ouvido.

Publicado por Nathalie Gingold

Olá! Me chamam de Nathalie, sou alegre e forte, borboleteio de lá pra cá e em cada voo descubro uma nova semente, que as vezes vira flor, as vezes árvore, as vezes alimento. Busco me conhecer e também transmitir todo o conhecimento que me é oferecido. Fluir, amar e seguir, sempre em frente, na luz, seja da lua, seja do sol. Gosto dos olhares e seus enigmas Gosto das mãos e sua força. Gosto do gozo e sua sinceridade. Gratidão!

2 opiniões sobre “Nosso corpo e meus devaneios

  1. Olha Nat…este é um assunto tem tomado horas das minhas mais profundas reflexões, dia destes fui fotografar uma formatura de 9 ano, pensa naquelas meninas lindas cheirando orvalho da juventude, quando viam as fotos…ai que horror…como estou feia..como estou gorda…
    A mulher com certeza venceu muito obstáculos e derrubou barreiras..mas ainda somos escravas de uma tirania absurda, que não nos empodera mas nos aprisiona…
    São tantos pequenos pontos fragmentados aqui e ali…minha pergunta nem é a quem pertence meu corpo..mas quem sou eu…perdida nessa sociedade que endeusa as Barbies e as Bonequinhas de Porcelana?

  2. Pois então Lara, somos duas. Ainda mais por termos filhas, né?
    Eu mesma já ultrapassei muitas barreiras culturais e ainda sinto que tenho muito a aprender, mas ai quando vejo mulheres, jovens ou não, se matando (literalmente) para serem eternamente magras e “belas”, me pergunto onde isso vai levá-las?

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